Enfermidade
infecto contagiosa, que afeta só os cães
entre os animais domésticos. Causada
por um vírus, sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio,
e menos de um mês em local quente e
úmido;
muito sensível ao calor, luz solar e
desinfetantes
comuns. Não escolhe sexo ou raça,
nem
a época do ano. Ocorre mais em
jovens, mas animais
idosos também podem se contaminar se
não
vacinados.
Se
infectam (contaminam) por contato direto ou pelas vias
respiratórias, pelo ar contaminado. Essa transmissão
é por secreções do nariz e boca de
animais infectados (espirros e gotículas que saem
do nariz quando se respira) é a principal fonte
de infecção. O animal doente espirra e contamina
o ambiente e os animais que estejam perto. Inclusive,
se tiver um ser humano por perto, o vírus pode
ser carregado até um animal sadio por ele.
O
animal pode se contaminar pela via respiratória
ou por via digestiva, por contato direto ou fômites
(pode ser um objeto ou um ser humano, por exemplo, que
carregam o vírus na roupa, nos sapatos) , água
e alimentos contaminados por secreções de
cães doentes.
Após
o animal ser infectado, ocorre o período de incubação
do vírus (digamos que seja o período que
ocorre entre o vírus entrar no corpo e o corpo
começar a manifestar os sintomas da doença)
por 3 a 6 dias , ou até 15 dias, e depois disso
a temperatura pode chegar a 41ºC, haver perda de
apetite, corrimento ocular e nasal . Este estado dura
mais ou menos 1 a 2 dias. Depois se segue um período
de 2 a 3 dias, as vezes meses, em que parece que tudo
volta ao normal. Depois disso pode ser que apareçam
os sinais e sintomas típicos da cinomose.
Pode
haver sintomas digestivos (diarréia e vômito),
respiratórios (corrimento nasal e ocular) ou nervosos
( tiques nervosos, convulsões, paralisias, etc)
ou haver associação deles.
O
animal pode morrer tendo desenvolvido só uma das
fases da doença ou sobreviver desenvolvendo todas,
podem desenvolver cada tipo de sintoma aos poucos ou todos
juntos.
Normalmente os primeiros sintomas da 2º fase são
febre , falta de apetite, vômitos, diarréia,
dificuldade para respirar. Depois conjuntivite com secreção
, corrimento nasal, com crostas no focinho, e pneumonia.
Pode se seguir por 1 a 2 semanas e daí aparecerem
os sintomas nervosos, tiques nervosos, depois sintomas
de lesões no cérebro e medula espinhal.
Em uns, por inflamação no cérebro,
os animais ficam agressivos, não conseguem as vezes
reconhecer seu dono, ou em outros, ocorre paralisia dos
músculos da face em que o animal não consegue
abrir a boca nem para tomar água, apatia profunda;
por lesões no cérebro e na medula espinhal,
andar cambaleante, paralisia no quarto posterior ('descadeirado').
Dificilmente os sintomas são estacionários
(vão piorando sempre, de maneira lenta ou rápida).
É
de difícil tratamento, dependendo quase exclusivamente
do cão sua sobrevivência ou não. Digo
quase exclusivamente, porque o veterinário pode
ajudar eliminando coisas que podem atrapalhar sua "guerra"
com a doença, como as infecções que
ele pode ter por fraqueza, aconselhar a alimentação
correta, receitar medicamentos que ajudem a combater as
inflamações no cérebro, receitar
uma medicação que tente aumentar sua resistência,
etc.
Sua evolução é imprevisível,
ou seja, quando o cão adoece, não há
como saber se ele vai se salvar ou não, ou se a
morte vai ser rápida ou lenta.
A
melhor solução ainda é a prevenção,
ou seja, vacinar corretamente.
Médica Veterinária Homeopata - São Paulo
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