quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Hoje eu chorei pela Meg pitbull
A tendência à idolatria é milenar. Desde que o homem aprendeu a temer a morte que a figura do médico, visto como alguém capaz de transferi-la, assumiu compreensíveis ares de divindade.
A massificação do atendimento, a substituição da livre escolha pelo nominata dos credenciados e a ruptura do vínculo pessoal pelo biombo institucional quebraram muito do encanto místico do médico antigo, que acalmava pela palavra e curava pela presença. Mesmo assim, deturpações à parte, sempre haverá lugar para o afago carinhoso, a palavra generosa e o agradecimento inesquecível.
Algumas vezes, somos surpreendidos ao descobrir que nada aproxima mais as pessoas do que a equiparação de afetos e sentimentos.
Numa manhã marcada pelo sofrimento, saí da terapia intensiva depois de constatar a morte encefálica de um menino de 10 anos que fora trazido ao hospital em coma, depois de ter caído de uma construção. Em 36 horas, ele foi operado três vezes para tratar de uma ruptura de traquéia e brônquios, além de uma lesão no baço. Tinham sido 11 dias de angústia acompanhando o sofrimento da família e o desespero incontido da mãe, incansável em acalentar aquela carinha linda com imensos cílios virados, que povoou a muitas das minhas madrugadas depois que tudo terminou.
Massacrado pela sensação de perda, recebi da minha secretária a informação de que nove pessoas me aguardavam no consultório. Consciente de que não tinha condições de atender ninguém, tive um impulso e pedi que todos passassem à minha sala. Diante da surpresa deles- chocados com a perspectiva de uma consulta coletiva-, contei o que tinha acontecido. Perguntei se alguém necessitava de uma consulta urgente, e eu trataria de encaminhá-lo a algum colega. Se não, gostaria muito que voltassem todos, no dia seguinte.
Quando confessei que não tinha condições de atendê-los porque precisava sair urgentemente do hospital para chorar, houve uma comoção naquela sala. Os nove desconhecidos se tocaram, movidos por um misto de consternação e solidariedade. No dia seguinte, quando retornaram, havia entre eles a clara preocupação de checar se algum insensível pudesse ter fraudado a reação solidária do grupo. Mas não. Todos compareceram. E mais do que isso: durante anos, alguns daqueles nove pacientes fizeram consultas desnecessárias comigo para relembrar aquele episódio que marcara tanto a vida deles quanto a minha.
Passados 30 anos do episódio, ainda me impressiona reconhecer que aquela comoção nascera de uma simples confissão de que i médico, como qualquer ser humano, muitas vezes, não consegue prosseguir sem uma pausa. Nem que seja para chorar.
José J. Camargo
Esse texto me foi entregue pela minha grande amiga Caroline num exato momento em que precisei parar tudo para chorar e depois poder recomeçar.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
A piometra é uma doença causada por uma infecção bacteriana dentro do útero de cadelas e gatas. Ocorre geralmente durante o diestro, fase do ciclo ovariano dominada pelo hormônio progesterona. A progesterona é o hormônio feminino que atua para manter a prenhez, e portando todas as cadelas normais estão naturalmente expostas a concentrações altas de progesterona 9-12 semanas após o estro ("cio"). Tal hormônio mantém o crescimento endometrial e a secreção glandular e ao mesmo tempo suprime a atividade do miométrio permitindo acúmulo de secreções glandulares uterinas, tais secreções proporcionam um excelente ambiente para o crescimento bacteriano. As infecções bacterianas associadas a piometra são causadas por bactérias normais da vagina.
Portanto a piometra resulta da combinação da fase ovariana (progesterona) do ciclo estral com um endométrio anormal que permite um crescimento excessivo de bactérias que normalmente não estão presentes no útero.
Uma incidência aumentada de piometra está associada com a administração de estrógeno para evitar gravidez indesejadas, e por isso seu uso é contra-indicado. A administração de progesterona as gatas também pode desencadear piometra. Nenhum veterinário indica o uso de anticoncepcionais em cadelas e gatas.
Os sinais clínicos da piometra inclui corrimento vaginal, perda de apetite de parcial a completa, febre, letargia, perda de peso, aumento de volume abdominal, animal com aspecto descuidado, vômito, diarréia, aumento no consumo de água e quantidade de urina, apatia.
O diagnóstico da piometra é feito baseado na história, sinais clínicos e resultados de exames.
O tratamento da piometra deve ser imediato pois pode causar a morte do animal. O tratamento indicado é a ovariohisterectomia terapêutica(remoção de útero e ovários)
O método mais seguro de prevenir piometra, é através da ovariohisterectomia eletiva ou castração, principalmente no animal jovem. Pois assim o útero ainda não foi exposto a ação hormonal, e a remoção de ovários e útero evitará exposição futura, além de não utilizar medicação hormonal para evitar cios e gestação em cadelas e gatas não castradas.
A castração sendo realizada antes do primeiro cio do animal reduzirá em 90% aproximadamente a chance de tumor de mama.
sábado, 14 de maio de 2011
O Microsporum canis é o fungo que acomete cães e gatos com mais freqüência. A sua transmissão ocorre pelo contato de pêlos e escamas infectadas ou de fungos presentes nos animais, ambiente, escovas, pentes, etc. Animais jovens, idosos e com deficiência imunológica são acometidos com mais freqüência. Os gatos podem ser portadores desses fungos e não apresentar sintomas. Nesse caso podem ser fontes de infecção para outros animais ou até para o homem.
As lesões normalmente são circulares, com queda de pêlos, inflamação e descamação. Pode ou não haver coceira. Entretanto, as lesões podem se apresentar de formas diversas, tornando o diagnóstico clínico muito difícil. Por isso, é necessária a realização de um tricograma (exame dos pêlos no microscópio) e de cultura fúngica.
Em cães, as lesões solitárias podem ser tratadas com medicamentos tópicos. Se o animal apresentar diversos focos de lesão é preciso entrar com medicamentos orais. Os gatos devem sempre ser tratados com medicamentos orais. Se um gato não apresentar sintomas e outro animal, do mesmo ambiente, for diagnosticado com esse fungo, ambos deverão ser tratados.
É muito importante o tratamento do ambiente, pois os esporos podem ficar na região e recontaminar o animal. Animais com pêlos longos devem ser tosados para que o tratamento tenha sucesso. Essa doença pode ser transmitida para o homem, e nesse caso é aconselhável procurar um médico para indicar o melhor tratamento.
O Microsporum canis é o fungo que acomete cães e gatos com mais freqüência. A sua transmissão ocorre pelo contato de pêlos e escamas infectadas ou de fungos presentes nos animais, ambiente, escovas, pentes, etc. Animais jovens, idosos e com deficiência imunológica são acometidos com mais freqüência. Os gatos podem ser portadores desses fungos e não apresentar sintomas. Nesse caso podem ser fontes de infecção para outros animais ou até para o homem.
As lesões normalmente são circulares, com queda de pêlos, inflamação e descamação. Pode ou não haver coceira. Entretanto, as lesões podem se apresentar de formas diversas, tornando o diagnóstico clínico muito difícil. Por isso, é necessária a realização de um tricograma (exame dos pêlos no microscópio) e de cultura fúngica.
Em cães, as lesões solitárias podem ser tratadas com medicamentos tópicos. Se o animal apresentar diversos focos de lesão é preciso entrar com medicamentos orais. Os gatos devem sempre ser tratados com medicamentos orais. Se um gato não apresentar sintomas e outro animal, do mesmo ambiente, for diagnosticado com esse fungo, ambos deverão ser tratados.
É muito importante o tratamento do ambiente, pois os esporos podem ficar na região e recontaminar o animal. Animais com pêlos longos devem ser tosados para que o tratamento tenha sucesso. Essa doença pode ser transmitida para o homem, e nesse caso é aconselhável procurar um médico para indicar o melhor tratamento.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Traqueobronquite Infecciosa Canina
Traqueobronquite infecciosa e uma enfermidade de cães que ataca o sistema respiratório dos animais produzindo crises de tosse deixando os proprietários com a impressão de que estão com algo trancado na garganta.
Trata-se de uma doença que aparece sem avisar não proporcionando ao proprietário indicio nenhum do problema antes dele se instalar. Pode atingir animais de diferentes faixas de idade, tendo como característica episódios de tosse associados a dificuldade respiratória em menor ou maior intensidade.
Os agentes causadores desta doença são:
Adenovirus tipo 2
Parainfluenza vírus
Bordetela bronchiseptica
Os animais mais susceptíveis a Tosse dos Canis são os filhotes recém desmamados, dentre os adultos os debilitados pôr outras doenças, como verminoses, submetidos a STRESS viagens longas confinamentos em clinicas, hotéis, caixas em exposições, alimentações inadequadas, anemias etc...
A doença e altamente transmissível pôr aerossóis (pequenas gotas eliminadas pêlos espirros) e os animais apresentam os primeiros sintomas entre 3 a 10 dias após a infecção podendo persistir com os sintomas 3 a 4 semanas.
O principal é a prevenção com vacinas importadas que somente podem ser feitas em veterinários.